Investimentos de risco disparam em 2021 e criam oportunidades de negócios em todo o mundo
Por Renato Müller
Um estudo divulgado hoje pelo Web Summit e pela PitchBook mostra que o ambiente de venture capital se tornou cada vez mais aquecido ao longo de 2021. Realizado a partir de entrevistas com 100 empresas de venture capital presentes nesta edição do Web Summit, o estudo Venture Monitor revela que os investimentos de VC em startups alcançaram US$ 238,7 bilhões em todo o mundo no terceiro trimestre, dos quais 73,7 bilhões de euros somente no mercado europeu.
Mostrando a força das empresas presentes no Web Summit, os respondentes da pesquisa foram responsáveis por 24,3% dos aportes globais, 25,1% dos aportes no mercado americano e 40,1% do mercado europeu. “No começo do ano, prevíamos um grande volume de capital fluindo para venture capital. Foi o que realmente se comprovou”, diz Nalin Patel, analista sênior da PitchBook. “A resiliência do setor em 2021 tem sido encorajadora”, afirma.
Os recursos têm sido aplicados tanto em startups já investidas quanto em novos projetos. Dois terços dos entrevistados disseram ter incluído 6 ou mais investimentos em seu portfólio nos últimos 12 meses, contra 52% no ano passado. Além disso, 45% dos fundos afirmaram que pelo menos 75% de seus investimentos nos últimos 12 meses foram para investimentos iniciais em empresas, o que indica um número crescente de startups fazendo parte do ciclo de vida de venture capital.
Para os entrevistados, blockchain e soluções com foco nas mudanças climáticas são consideradas como as mais disruptivas para os próximos anos. O critério mais importante para a tomada de decisão de investimentos é o modelo de negócios da startup (30%), seguido pelo pedigree do time executivo (22%). Há um ano, o pedigree liderava, com 38,2%, seguido pelo potencial de disrupção (30,4%). Esse item, por sinal, desabou neste ano para 16%, mostrando uma preocupação dos fundos em investir em negócios com potencial de retorno mais visível.
Fonte: OasisLab