O Ceará lançou no último dia 6 (terça-feira) o Vozão Conecta, primeiro desafio para startups de tecnologia promovido por um clube de futebol no Brasil. O programa é aberto para empresas do Brasil e do exterior que puderem solucionar sete desafios propostos pelo clube em parceria com a Enzima, empresa aceleradora de startups em esportes e entretenimento.
A ideia do programa, que também é apoiado pela empresa de investimentos OutField Capital, é selecionar empresas que já tenham projetos ou pelo menos protótipos feitos para auxiliar o Ceará a desenvolver soluções que vão desde a criação de um programa de distribuição de conteúdo numa OTT própria do clube até soluções para melhorar a experiência do torcedor ao assistir a um jogo do time.
“Fizemos um benchmarking do que já foi feito por entidades esportivas da Europa, como Bundesliga, Barcelona, Real Madrid… A gente foi buscar nessas fontes para montar uma versão brasileira que fosse viável para o nosso mercado. Será um programa on-line de aceleração com o objetivo de mexer no cenário de sportstech no Brasil e atrair startups de fora para trabalhar com o Ceará”, afirmou à Máquina do Esporte Felipe Ribbe, head de desenvolvimento de negócios da Enzima.
Até o dia 16 de novembro serão feitas as inscrições das startups. No dia 23 de novembro serão anunciados os selecionados, que passarão a trabalhar com o clube a partir do dia 30 de novembro até o dia 16 de fevereiro. No dia 17 de fevereiro haverá o “Demo Day”, em que os trabalhos concluídos serão apresentados ao vivo nas redes sociais do Ceará. Ao término desse período, as empresas poderão ser contratadas pelo clube para manter o trabalho, ou mesmo ganhar mercado a partir do que foi apresentado como solução para o clube.
“Não há uma garantia de que o contrato seja assinado. A startup terá três meses trabalhando para mostrar valor. Além disso, depois de encerrado o programa, Ceará, Enzima e OutField podem investir nessas startups. Essa é mais uma vertente que tem dentro desse programa que criamos”, complementou Ribbe.
A ideia da Enzima, a partir do resultado obtido no programa de inovação do Ceará, é trazer mais clubes para implementar um modelo similar de negócio.
“Queremos ter, no ano que vem, um grupo de clubes para ser algo mais atrativo até para as startups. A partir do instante em que a gente mostrar o valor que isso pode trazer de fato, consegue desenhar algo maior e com mais clubes”, disse Ribbe.
Fonte: Máquina do Esporte