Ao todo, foram 677 rodadas de investimentos durante o ano. O volume de aportes é quase três vezes maior do que o de 2020
Por Rennan A Julio
O ecossistema brasileiro de inovação teve mais um ano de recordes. Até novembro de 2021, US$ 8,85 bilhões foram investidos em startups brasileiras. O volume de aportes é quase três vezes maior do que o de 2020, que foi de US$ 3,65 bilhões. Ao todo, 677 rodadas de investimentos se concretizaram durante este ano. Em nove casos, elas elevaram o valor de mercado de startups para mais de US$ 1 bilhão, aumentando a seleta lista de unicórnios brasileiros.
Varejo, educação, criptomoedas, serviços financeiros e e-commerce. Foram vários os setores de atuação das empresas que atingiram o valioso patamar. Compilamos aqui as companhias alcançaram o feito para você relembrar alguns dos principais momentos do mercado brasileiro de startups de 2021.
MadeiraMadeira
Primeiro unicórnio de 2021, a plataforma de produtos para casa MadeiraMadeira anunciou ainda em janeiro deste ano um aporte de US$ 190 milhões. A extensão do investimento concluiu a rodada Série E, que teve a liderança dos fundos SoftBank Latin America Fund e a Dynamo.
Hotmart
Em março, foi a vez da Hotmart Company, que oferece a criadores de conteúdo uma plataforma para a criação e gestão de negócios digitais, revelar que havia alcançado o status de unicórnio. O anúncio foi feito após a startup levantar R$ 735 milhões em uma rodada liderada pelo fundo TCV. Segundo a Hotmart, a empresa havia se tornado unicórnio um ano antes, mas decidiu divulgar a notícia apenas em 2021.
Mercado Bitcoin
O terceiro unicórnio do ano foi a holding 2TM, dona do Mercado Bitcoin, em julho. A plataforma de negociação de bitcoins e criptomoedas anunciou que recebeu US$ 200 milhões do Softbank e foi avaliada em US$ 2,1 bilhões. A empresa se tornou o primeiro unicórnio de criptomoedas da América Latina.
unico
Em agosto, a unico (ex-Acesso Digital), startup de biometria, também atraiu o Softbank, que liderou ao lado do fundo General Atlantic uma rodada de R$ 625 milhões na companhia.
Frete.com
No penúltimo mês do ano, foi a vez da Frete.com entrar para a lista de unicórnios brasileiros. O grupo foi criado e lançado oficialmente em novembro, com a responsabilidade de servir de guarda-chuva para três operações diferentes: a já conhecida CargoX, a FreteBras e a FretePago. Para tirar o empreendimento do papel, a empresa levantou um aporte de US$ 200 milhões, liderado por Softbank e Tencent.
Cloudwalk
Também em novembro, a CloudWalk, fintech responsável pelas maquininhas de cartão da InfinitePay, também virou unicórnio. Fundada em 2013, a startup, que também oferece uma tecnologia de pagamento com soluções em nuvem e blockchain, atingiu o valor de mercado de US$ 2,15 bilhões após receber um aporte de US$ 150 milhões, em rodada liderada pelo fundo Coatue.
Merama
Já em dezembro, o Brasil ganhou seu unicórnio mais rápido de 2021. Foi a startup Merama, fundada em novembro de 2020 com a proposta de consolidar marcas digitais da América Latina sob seu guarda-chuva. A empresa, que investe em varejistas e os ajuda a crescer oferecendo, principalmente, tecnologia e capital de giro, levantou um follow-on de US$ 60 milhões e atingiu valor de mercado de US$ 1,2 bilhão.
Olist
O marketplace para lojistas e varejistas alcançou o patamar após fechar uma rodada Série E no valor de R$ 1 bilhão. O investimento foi liderado pelo fundo norte-americano Wellington Management, em seu primeiro aporte em uma empresa privada na América Latina, e contou com a participação de SoftBank, Corton Capital, Valor Capital, Goldman Sachs, Globo Ventures e o investidor Kevin Efrusy.
Facily
A Facily completa a lista de unicórnios nacionais no ano. A plataforma de social commerce atingiu valor de mercado de US$ 1 bilhão ao levantar US$ 135 milhões em uma rodada Série D-1 – em extensão à rodada Série D de US$ 250 milhões, anunciada em novembro. O aporte foi liderado pela Goodwater e Prosus, com a participação da Rise Capital, Emerging Variant, Tru Arrow e outros fundos. A startup é o primeiro social commerce a chegar a esse marco na América Latina.
Fonte: PEGN