Das mais de 1200 startups que participam no Web Summit, 75 foram escolhidas para apresentarem os seus projetos no palco principal. Smartex.ai saiu vitoriosa com a sua solução de identificação de falhas na produção têxtil com recurso a inteligência artificial.
Por Fátima Caçador
A competição é um dos momentos altos do Web Summit em todas as edições, com as participantes a serem escolhidas entre as mais de 1.200 que participam na conferência. As empresas ganham visibilidade e um “trunfo” para usar no seu processo de crescimento.
Este ano uma solução que recorre a inteligência artificial para identificar erros na produção têxtil foi a vencedora, interrompendo uma sucessão de vitórias das startups na área de saúde.
Antonio Rocha, cofundador da empresa que tem escritórios no Porto, em Shenzen e São Francisco, esteve no palco com os outros dois finalistas no final da manhã, apresentando novamente o projeto, o modelo de negócio e a empresa aos investidores, e mostrando a importância da solução para reduzir o desperdício na indústria têxtil.
A empresa garante que consegue reduzir a 0% o desperdício e evitar assim milhões dólares em perdas pela indústria, usando câmaras que podem ser colocadas junto das máquinas e a sua solução de inteligência artificial, que é vendida como um serviço e já comercializada por várias empresas na linha de negócio do têxtil.
Foi precisamente a maturidade do projeto e o modelo de negócio que fizeram com que o júri escolhesse a Smartex.ai, como explicaram durante o anúncio do vencedor. Mesmo assim a Okra Solar e a LiSA / LIVE & Social Commerce Assistant, os outros dois projetos que chegaram à final, foram também elogiados.
A competição para o Pitch Final é dura e só 75 startups chegam ao palco, sendo o número reduzido progressivamente nas várias fases. Este ano 9 startups portuguesas tinha conseguido chegar à semifinal. As startups têm de ter recebido menos de 3 milhões de dólares de financiamento para serem selecionadas para o Pitch Final.
Em 2020 foi uma empresa da Etiópia que ganhou, a Lalibela Global-Networks, com uma solução de digitalização de dados médicos. Em 2019 também uma “medtech” venceu o Pitch da conferência, a Nutrix, o dispositivo suíço sem agulha para diabéticos. No Collision from Home em junho do mesmo ano o escolhido foi o projeto de monitorização de glicose GlucoActive que ganhou o prêmio.
Fonte: SapoTek