Startups focadas no setor financeiro cresceram 34% em 2020; empresas que oferecem crédito imobiliário se multiplicaram e já são 14,4% do setor
Por Redação
Não é de hoje que a tecnologia vem revolucionando os serviços bancários, mas nada se compara ao que vem acontecendo nos últimos anos: de acordo com dados do Distrito Fintech Report 2020, o número de fintechs apresentou um crescimento de 34% no Brasil em relação ao ano anterior.
Entre as principais razões para esse salto está a adesão dos clientes de classe C e D. Devido à democratização dos serviços bancários e de crédito, despontou o interesse e a atenção a um consumo mais consciente: como indica uma análise realizada pela plataforma CB Insights, as fintechs serão responsáveis por intensificar a educação financeira dos usuários, que têm acesso mais fácil ao mercado de investimentos, financeiras e serviços de cartões de crédito por meio das plataformas.
As fintechs, no entanto, não se resumem apenas aos bancos digitais. Esse segmento é formado por empresas de diferentes modalidades e que oferecem inúmeros serviços, como:
Pagamento
As fintechs que oferecem esse serviço funcionam como um banco simplificado, e podem trabalhar com cartões de crédito, maquininhas e também com contas digitais.
Crowdfunding
Também conhecido como “financiamento coletivo”, é uma forma de realizar levantamento de capital independente. As plataformas que atuam nesse segmento são como “vaquinhas virtuais”, e os interessados contribuem para o custeio de projetos.
Controle financeiro
Servem como plataformas de organização, controle e educação financeira. Por meio de planilhas, gráficos, orçamentos e outras funções, essas fintechs ajudam o usuário a usar o dinheiro de forma mais consciente.
Investimentos
Funcionam como bolsas de valores digitais, com investimentos atrelados ao mercado financeiro, imobiliário, de câmbio ou criptomoedas.
Concessão de crédito
Tem como foco a realização de empréstimos por meio de modalidades como o refinanciamento imobiliário. Com praticidade e rapidez, atuam como financeiras e foram regulamentadas em 2018.
Os bancos tradicionais também acompanharam esse movimento para o digital, desenvolvendo os próprios aplicativos, sites e serviços de internet banking. Hoje, novas funcionalidades, como a transferência instantânea feita pelo PIX, vêm sendo apresentadas conforme o público se adapta cada vez mais ao ambiente digital, mas, por não serem nativos digitais como as fintechs, muitos dos serviços ainda dependem da visita à uma agência física.
Fintech ou banco tradicional?
A principal diferença entre uma fintech e um banco tradicional é a presença digital. Quando se abre uma conta ou se solicita um serviço em uma , todas as operações são feitas de forma virtual, por um site ou aplicativo: desde a abertura da conta em si até a solicitação de cartões, transferências, geração e pagamento de boletos, e até mesmo investimentos e solicitação de empréstimos. Muitos dos bancos digitais, corretoras de investimentos e plataformas de crédito não possuem agência física e funcionam como uma plataforma, que pode ser acessada pelo computador ou pelo celular.
Melhores apps e planilhas para organizar finanças em 2021
Uma das maiores preocupações de quem se sente relutante em aderir às fintechs é com a segurança. Mas, exatamente por serem nativas digitais, as empresas desse segmento costumam estar sempre na ponta das tecnologias de segurança da informação, a partir do desenvolvimento de sistemas que garantem que os dados dos usuários sejam preservados, evitando ataques ou vazamentos, além de assegurar que as transações sejam efetuadas de forma segura.
Além disso, a possibilidade de realizar as transações e receber atendimento online é um dos principais atrativos das fintechs, que vêm caindo no gosto do público pela praticidade e agilidade que oferecem. Com poucos cliques, é possível começar a se organizar melhor financeiramente, criar uma “vaquinha” em um crowdfunding ou fazer uma solicitação de empréstimo.
Crédito imobiliário
Em 2020, o saldo das operações de crédito no país atingiu R$ 4 trilhões, o que representou um crescimento de 15,5%, de acordo com o Banco Central (BC). Os bancos brasileiros mais tradicionais ainda são responsáveis pela maioria dessas negociações — em 2019, 83,7% das operações foram realizadas por cinco das maiores instituições do país —, mas as fintechs também vêm ganhando força no segmento.
Hoje, as fintechs de crédito correspondem a 14,4% desse setor no Brasil. São 142 empresas que se dividem entre as de oferta direta (52), marketplaces (44), antecipação de recebíveis (24), P2P (16) e consórcios (6). Mesmo que as fintechs tenham passado a ganhar mais espaço a partir de 2015, foi só em 2018 que as empresas voltadas para soluções de crédito passaram a ter um crescimento acelerado, especialmente após a publicação de duas resoluções do BC que dispõem sobre a sociedade de crédito, em abril de 2018.
Para além da comodidade de poder receber todo o atendimento online, a qualquer hora do dia, as fintechs de crédito costumam oferecer taxas de juros mais baixas e condições de pagamento melhores que os bancos tradicionais. A Keycash, fintech líder no segmento de crédito com garantia de imóvel (CGI), permite que seja feita uma simulação de crédito em poucos passos, tanto no app quanto no site.
Na modalidade CGI, é necessário ter um imóvel quitado para oferecer como garantia. Também chamado de refinanciamento de imóvel, essa transação permite que o capital adquirido seja utilizado da forma como o cliente desejar, seja para quitar dívidas, investir em um negócio ou realizar outros projetos.
Para fazer a simulação, basta apenas acessar o site da Keycash e inserir os dados do imóvel. Em seguida, é só escolher entre as opções oferecidas e enviar a solicitação de crédito para receber uma proposta. Esse procedimento é feito de forma rápida, prática e simples, e o dinheiro fica disponível na conta com o menor prazo do mercado.
Fonte: NSC Total