Segundo o relatório Customer Experience da Dimension Data, de 2019, nove em cada dez executivos reconhecem a CX como um diferencial competitivo. Ainda assim, menos de 12% das empresas entregaram experiências inovadoras nesse sentido.
Neste período de isolamento social, em que o comércio digital se tornou mais importante do que nunca, fornecer boas práticas de CX é vital para os negócios. Hoje, entre as prioridades dos consumidores na escolha das marcas digitais, estão a confiança e a alta qualidade das entregas. Logo, aquelas que não estão alinhadas com as melhores práticas de CX deverão ficar para trás na corrida do ecommerce durante e pós-pandemia.
Felizmente, o Brasil tem startups que estão deixando rastros positivos nessa corrida. O Whow! conversou com executivos de duas dessas startups, todas premiadas pelo ranking 100 Open Startups 2019, buscando compreender seus diferenciais no momento da crise.
Confira os cases abaixo.
BANIB
A Banib (Top 8 na categoria VR/AR do Ranking 100 Open Startups 2019), plataforma de criação de tours virtuais em 360º, tem vivido o maior crescimento de sua história desde que o isolamento social foi instaurado.
A startup foi criada em 2018 para facilitar a geração de negócios para o setor imobiliário e de construção, possibilitando vistorias remotas em obras e reduzindo riscos em ambientes industriais.
O que antes podia ser visto como um mero facilitador, ou até mesmo uma extravagância para empresas que precisam desses serviços, hoje é uma necessidade nesse mercado. O reflexo dessa mudança de paradigma? 40% de aumento no número de clientes, segundo Renato Rodrigues, CEO da Banib. “Ter saído na frente como a primeira plataforma de tour virtual com Customer Service no Brasil foi fundamental para passar segurança e aculturar o mercado de forma leve e eficiente”, explica.
Rodrigues conta que, agora, a Banib está focada na contração de mais profissionais, para automatizar ainda mais os sistemas e fornecer soluções mais rápidas. “O mercado imobiliário e de construção evoluiu, em 1 mês, o que levaria um ano”, comemora.
“Nosso lançamento para maio de 2020 é, após o cliente criar seu tour virtual, a plataforma vai gerar, de forma automática, um vídeo criado com as fotos 360º. Isso não existe no mundo e agregará muito para o nosso mercado. Os desafios são diários, mas o maior deles é levar a inovação para segmentos extremamente conservadores como é o Imobiliário, por exemplo” – Renato Rodrigues, CEO da Banib
Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o Metrô de São Paulo e a Porto Seguro estão entre os clientes da Banib. “Todos os meses fazemos acompanhamentos dos KPIs de nossos clientes para ver a evolução pós uso de nossa plataforma, evitando assim o churn de nossos clientes, que hoje está abaixo de 2%”.
INNGAGE
O uso de dispositivos móveis tem crescido significativamente durante a crise do coronavírus, aquecendo a economia mobile em todo o mundo.
A Inngage (Top 3 na categoria Customer Service do Ranking 100 Open Startups 2019) viu suas operações aumentarem, uma vez que o canal mobile está se tornando cada vez mais forte nos times de marketing.
Octavio Braga, CEO e Co-fundador da Inngage, conta ao Whow! que a empresa foca no desenvolvimento de uma plataforma de engajamento para apps, cujo objetivo é ajudar esses aplicativos a se comunicarem de maneira personalizada com seus usuários. O método se dá via notificações push. “Atuamos na área de Customer Service auxiliando empresas a fidelizarem clientes presentes em seus aplicativos, entregando-lhes experiências únicas e uma maior humanização de seus serviços digitais.”
O CEO cita como exemplo o trabalho que entregaram à rede de academias Bodytech, em que possibilitaram uma comunicação personalizada para cada usuário de acordo com seu perfil de treino e academia frequentada. “Buscamos a cada dia inovar e desenvolver novas tecnologias e metodologias para ajudar nossos clientes a criar experiências ainda mais personalizadas e memoráveis dentro de seus aplicativos, assim trazendo ao Brasil novas possibilidades de aprimorar mais ainda suas áreas de Relacionamento com Cliente e Customer Experience.”
Além de adotar o modelo home office durante a crise da COVID-19, a startup criou alguns pontos de controle para garantir a qualidade de suas operações. De acordo com o CEO, o principal diferencial da Inngage no cenário atual é a alta capacidade de entrega de maneira remota. Isso permite, segundo ele, que se mantenha a qualidade dos serviços independentemente da situação crítica, dado que o produto da Inngage oferece estratégias para que outras empresas utilizem recursos digitais e enfrentem esse momento mais tranquilamente.
“Nesse mercado vemos que a maior oportunidade é o avanço da transformação digital nas empresas, enxergando a necessidade de um atendimento Omnichannel como algo imprescindível nos dias de hoje, sendo Mobile um dos principais canais de consumo atuais” – Octavio Braga, CEO e Co-fundador da Inngage
Contudo, Octavio Braga ressalta que esse avanço gera o desafio de integrar todos esses canais para criação de uma experiência única. “Nesse sentido, buscamos ampliar nosso produto para atender a diversos canais, oferecendo uma experiência ainda mais completa para nossos clientes”, finaliza.
Fonte: Whow