As gerações futuras dependerão da interoperabilidade de vários sistemas globais em suas vidas diárias. E para que todos eles funcionem de modo harmônico, o mundo precisará cada vez mais do que a pesquisa da especialista de Harvard, Lisa Drier, junto com David Nabarro e Jane Nelson, identificou como líderes de sistema. Que podem estar em qualquer parte, não apenas nas corporações.
São profissionais visionários, inteligentes e ambiciosos, com fortes habilidades em gerenciamento e execução, mas que ao contrário dos líderes tradicionais também são humildes, bons ouvintes e facilitadores qualificados, que podem envolver com sucesso as partes interessadas mesmo tendo prioridades e perspectivas altamente divergentes. O Código de Liderança 2.0, desenvolvido por Dave Ulrich, descreve esses novos líderes como aqueles estrategistas, executores, que sabem como identificar, criar e engajar talentos para obter resultados.
“Gerenciar máquinas e liderar pessoas” deverá ser o mantra dessa nova liderança, neste momento em que as máquinas começam a gerenciar muitas das atividades antes desempenhadas por pessoas. Caberá a eles caminhar em direção a uma economia social que combine o principal valor da economia digital (a eficiência), com o valor chave da economia social (a humanidade). Se essa liderança fracassar corremos o risco de automatizar a segregação, como bem alerta Nicholas Agar, autor do livro “How to Be Human in the Digital Economy”.
Só uma liderança altruísta poderá mobilizar para a inovação e gerar mudanças sistêmicas que espalhem prosperidade, em vez de acumular riqueza. De transformar sistemas complexos – como os digital, do comércio, de energia, saúde, alimentação ou manufatura – a partir de uma ação coordenada por pessoas com pontos de vista muito diferentes.
Fonte: The Shift