Depois da aquisição da e-mídia, dona de sites como o Cyber Cook, o Carrefour está aberto a novas operações para reforçar sua atuação on-line, segundo Paula Cardoso, presidente do Carrefour Soluções.
Em teleconferência com analistas para falar sobre o resultado da companhia no terceiro trimestre, a executiva afirmou que uma nova compra, entretanto, precisa estar alinhada com a estratégia do grupo.
“Tem muita startup fazendo coisa legal. Estaremos abertos caso haja alinhamento”, disse a executiva.
De acordo com Paula, o Carrefour tem investido para reforçar seu reconhecimento no segmento de marketplace dentro das áreas em que já é forte, e pretende assumir a liderança no mercado de entrega de comida, que hoje representa penas 0,3% do varejo digital.
Atacadão
A melhora de margem registrada pelo Carrefour no Atacadão poderá ser usada pela companhia, se for necessário, para fazer novos investimentos no crescimento, segundo Roberto Müssnich, presidente da rede.
O executivo afirmou que o modelo do Atacadão continua a ser o de vender produtos com menor preço para pequenos varejistas. A rede, que tem meta de abrir 20 lojas por ano, registrou margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada de 7,5% no 3º trimestre, melhora de 0,61 ponto percentual em um ano.
Questionado por um analista sobre o incremento nas compras por consumidores, Müssnich afirmou que isso não altera a estratégia. “Se o foco for o consumidor, você não atende o comerciante. Mas o contrário é verdadeiro. O que fizemos foi melhoria pouco significativa na profundidade de alguns produtos sensíveis ao consumidor, mas com foco no pequeno comerciante”, disse.
Na teleconferência, Müssnich ressaltou o bom desempenho do cartão de crédito Atacadão, lançado no fim do ano passado. Segundo ele, não se esperava um sucesso tão rápido para o meio de pagamento, que tem mais de 1 milhão de clientes e já responde por 10% das vendas da rede. “O tíquete médio é 15% a 17% maior nas compras”, afirmou.
Fonte: Valor Econômico