O mês de abril foi bastante atípico no Brasil por conta da pandemia do novo coronavírus. Enquanto muitos negócios lutam para sobreviver, outros continuam recebendo investimentos financeiros. No levantamento mensal feito pelo Whow!, com a participação da 100 Open Startups, identificamos nove aportes e sete aquisições no país em abril. O Whow! faz este levantamento desde agosto de 2019 e ao final da matéria é possível encontrar os aportes mês a mês desde que o mapeamento começou.
Investimentos em startups brasileiras
100 Foods
Fundada em 2018 com a proposta de desenvolver alimentos de maneira saudável, mais natural e a base de plantas, a startup anunciou sua primeira captação, através de investimento anjo, no valor de R$ 750 mil. A foodtech tem molhos Ketchup, Barbecue e Mostarda com zero calorias, açúcares, sódio e sem conservantes artificiais, sendo apenas adoçados com Stévia, e uma linha de maioneses. A foodtech é acelerada pela Organica 10.4.3.
Cargo X
A startup brasileira que conecta caminhoneiros e cargas levantou US$ 80 milhões em uma rodada Série E liderada pela LGT Lightstone. O investimento teve participação do Goldman Sachs Growth Equity, Valor Capital e Farallon Capital, que já eram investidores da empresa. Considerada uma das maiores startups do país, a Cargo X diz que atualmente conecta 20 mil empresas com 400 mil motoristas de caminhão. Fundada em 2013, a startup tem hoje cerca de 400 funcionários.
Choco
A empresa sediada em Berlim, com operação global e escritório no Brasil desde fevereiro, anunciou a conquista de um aporte de R$ 157 milhões. A rodada foi liderada pela Coatue Management. Fundada em 2018 pelos empreendedores Daniel Khachab, Julian Hammer e Rogerio da Silva Yokomizo, a startup arrecadou até o momento um total de US$ 71,5 milhões de investidores como Bessemer Venture Partners, Atlantic Labs, Target Global, Contemporary Food Labs e Greyhound. A missão da empresa é simplificar a forma como os restaurantes, mercados, bares e lanchonetes fazem pedidos aos seus fornecedores.
DNA Capital
A gestora investiu cerca de R$ 100 milhões em três startups: Feegow (software de gestão de clínicas), Memed (prescrição médica digital) e Sanar (plataforma de conteúdo educacional para médicos). Fundada em 2012 por Pedro Bueno, acionista das redes de laboratórios Dasa, hospitais Ímpar e filho do fundador da operadora de saúde Amil, a DNA Capital nasceu para fomentar negócios na área de saúde por meio de fundo de private equity.
Hoje são 12 sócios. Em nota no LinkedIn, a gestora comentou os investimentos: “Continuamos focados na identificação de tendências que transformam o setor de saúde. […] O momento atual deve contribuir para acelerar a adoção de novas tecnologias na área da saúde. É um privilégio fazer parceria com a Sanar, Memed – Prescrição Digital e Feegow Clinic. São investimentos que impulsionam a inovação no setor de saúde e ajudam nosso país a sair mais forte do ambiente atual.” Na Sanar, o investimento Série B foi de US$ 11 milhões e teve participação da Valor Capital, Vox Capital e e.Bricks Ventures.
PackID
A startup catarinense especializada no monitoramento de temperatura e umidade em tempo real com foco em evitar perdas na indústria alimentícia foi selecionada pelo WE Ventures, iniciativa da Microsoft que se propõe a estimular o empreendedorismo feminino. Os aportes nas startups escolhidas vão de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões. A CEO da PackID é Caroline Dallacorte, engenheira de alimentos e mestre em tecnologia e gestão da inovação.
Petlove
O japonês SoftBank anunciou investimento de R$ 250 milhões na Petlove, varejista on-line de produtos para animais de estimação fundada em 1999. Também participaram da rodada KasZek Ventures, Monashees e Tarpon. “Estamos caminhando para nos tornarmos uma plataforma que reunirá serviços, produtos e conteúdo. A partir dela, petshops parceiros também poderão vender, entregar e distribuir produtos e médicos veterinários poderão oferecer seus serviços”, comentou a empresa em nota.
Sigalei
A startup de São Carlos, no interior paulista, recebeu aporte de R$ 1,3 milhão liderado pelo GV Angels. Fundada em 2016, a Sigalei usa algoritmos e inteligência artificial para acompanhar as mudanças das leis e assim ajudar as empresas a monitorarem o que pode impactar seus negócios e setores.
Aquisições
Gateware
A empresa de tecnologia de Curitiba, no Paraná, anunciou em abril a aquisição da também curitibana Bexpo, especializada em transformar organizações em empresas inovadoras, ágeis e digitais.
iFood
O aplicativo brasileiro de entrega de comida comprou uma parte da Domicilios, que pertence ao Delivery Hero desde 2014, para unir esforços no mercado colombiano e disputar espaço com o Rappi, que é da Colômbia e tem apoio do SoftBank. Com a aquisição, o iFood terá 51% de participação na Domicilios.
Squid
A startup de marketing de influência anunciou a aquisição da Duopana, plataforma de construção de comunidades on-line. “O movimento é parte de uma nova fase da Squid, que no ano passado, com o reposicionamento, trouxe foco justamente para esse tipo de estratégia”, comentou a empresa em nota. “Além de novas funcionalidades para os influenciadores engajarem suas audiências, a plataforma traz um ambiente que também poderá ser explorado por empresas, engajarem clientes e colaboradores para compartilhar conhecimento por texto, vídeos e até mesmo criando cursos.”
Vela Software
A empresa canadense comprou a startup de inteligência jurídica brasileira Kurier, Com sede em Recife, Pernambuco, a lawtech se tornou a oitava aquisição brasileira da gigante Constellation Software, dona da Vela Software, que já adquiriu 450 empresas de tecnologia em todo o mundo.
Via Varejo
A varejista dona das marcas Casas Bahia e Pontofrio anunciou a compra da ASAP Log, startup de Curitiba especializada em entregas para e-commerce e sediada no Cubo Itaú, em São Paulo.
Vtex
A empresa brasileira que desenvolve sistemas para comércio eletrônico anunciou duas aquisições: Biggy, que atua com inteligência artificial, e dlieve, de logística. Desde sua fundação, em 1999, a Vtex já comprou dez empresas. Em 2019, a empresa recebeu um aporte de US$ 140 milhões em uma rodada liderada pelo SoftBank.
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