Os modelos de negócios estão mudando, pedindo mais recursos em tarefas tradicionalmente vistas como menos lucrativas, como conteúdo e ambiente experiencial porque é aí que o cliente está e onde as empresas devem estar focadas. Os varejistas precisam, portanto, reduzir o livro de regras tradicional e conduzir essa transição de cima para baixo.
O conselho é dos líderes Peter McGuiness, diretor comercial da Chobani, e Chris Baldwin, presidente e CEO da Bj’s Wholesale club. Durante o World Retail Congress, em Madri, eles falaram sobre como a empresa deve ser verdadeiramente focada no cliente. Durante a conversa, os executivos abordaram a importância de mudar o mindset para acabar com antigos modelos de negócios e maneiras de liderar.
Peter McGuiness lembra que a Chobani é uma empresa de iogurtes, mas, sobretudo, tem como principal negócio melhorar o mundo. Ele considera que a transformação que acontece no varejo é enfrentada pela Chobani a partir de uma estrutura tradicional. Mas, essa base permite que a empresa seja mais rápida, inovadora e conectada. Com essa mistura de tradicionalidade e inovação, a empresa criou seu departamento de criação humana para reunir as ideias de seus colaboradores e aplicar em novas tendências de consumo.
“Ao alinhar suas funções, você consegue trabalhar de forma colaborativa o marketing, a comunicação, o social e o digital”, diz McGuiness. “Os produtos ficam reunidos em um departamento de criação humana. Todos os budgets no fim do dia são apenas um. É o budget de criação humana que direciona nossa empresa e dá sentido ao negócio”, conclui.
O diretor da Chobani diz ainda que a empresa precisa ser voltada para criar demanda, oferecendo produtos certos, na hora certa para os consumidores certos. “Há muitos benefícios que podemos oferecer também para os canais de vendas com quem fazemos parceria”, afirma o executivo.
Para McGuiness, pensar num departamento de criação humana muda a perspectiva do negócio. A Chobani elabora suas embalagens internamente de tal modo que a equipe se envolva na tarefa de criar novas formas de consumo. “Ao oferecermos mais respeito para as ideias de todos, conseguimos esse respeito de volta dos colaboradores e também dos consumidores. É uma forma de dar sentido ao trabalho da empresa e, mais do que isso, poder inovar”, conclui o executivo.
Fonte: NoVarejo