Na abertura do programa OasisLab Web Summit 2019, Tiago Pessoa de Mello, CEO da DWZ, mostrou que existe muita inovação, mas nem tanta disrupção assim no mercado. O que não significa que não exista como ganhar muita competitividade com inovação. Basta saber usá-la de maneira estratégica.
“Hoje em dia, tem gente que fala que faz até sorvete disruptivo. É evidente que a palavra virou moda”, diz Mello. Segundo o especialista, a disrupção tem características bastante definidas:
• Ela muda completamente a cadeia de distribuição e o mercado
• Ela canibaliza seu produto principal
• Ela demora a gerar lucros, mas, quando o faz, destrói o mercado antigo
Por essas características, a disrupção nunca vem de dentro da própria empresa. “Você precisa criar uma área separada na empresa, com regras e critérios de avaliação próprios. Se não fizer isso, a cultura da empresa vai impedir a disrupção de acontecer”, afirma Mello.
Para definir onde, quando e como fazer a disrupção, o caminho é olhar o cliente. “Enxergar o ponto de dor do seu cliente é a chave. Toda disrupção nasce de uma diferença entre o que o cliente precisa e o que o mercado oferece”, explica. Seja no caso das mini-siderúrgicas americanas ou dos smartphones, é possível encontrar oportunidades de negócios a partir desse gap. “Repense seu negócio a partir dessa perspectiva e você encontrará novas possibilidades”, completa.