O que motiva um empreendedor brasileiro a investir uma boa quantidade de dinheiro em um evento fora do país? Época NEGÓCIOS fez essa pergunta a startups que decidiram mostrar sua cara no Web Summit, evento de inovação e tecnologia que acontece em Lisboa.
Em comum, esses empresários têm duas metas: acesso a investidores estrangeiros e oportunidades para dar início à internacionalização de seus negócios. Confira abaixo o perfil de cinco startups presentes ao Web Summit e saiba por que resolveram participar de um dos maiores eventos de inovação do mundo.
Weel
Fintech de crédito para pequenas e médias empresas com operações no Brasil e em Israel. Fundado em 2014, o negócio já recebeu mais de US$ 50 milhões em investimentos, do fundo Monashees e do Banco Votorantim. Nathan Yoles, vice-presidente da startup, diz que a viagem para Lisboa foi motivada pela exposição a fintechs de outros países e, principalmente, pela busca de novos investidores. “Queremos expandir internacionalmente e esse é um bom momento para captação”, diz.
Colab
Govtech responsável pela criação de plataforma que conecta o cidadão ao poder público por meio de uma rede social. Pelo serviço, é possível comunicar problemas de infraestrutura urbana diretamente para as prefeituras. Hoje, a plataforma reúne 250 mil pessoas, de cidades como Recife, Aracaju e Porto Alegre. Neste ano, a startup foi acelerada pela portuguesa EDP. Segundo Gustavo Maia, fundador da startup, objetivo da aproximação com o país europeu é buscar novas rodadas de investimento. “Já tivemos boas negociações no país e estamos fechando uma nova. É importante estreitar relacionamentos com a Europa.”
LinkApi
Plataforma de gestão de APIs e desenvolvimento de soluções de software para gestão de negócios. A startup opera em 13 países, incluindo Estados Unidos, Coreia do Sul e quase toda a América Latina. São 150 clientes, entre eles empresas como Samsung e iFood. Segundo Thiago Lima, o objetivo da viagem é fazer networking e buscar novos investidores. “Vamos abrir uma rodada no início do ano que vem e pode ser importante estar em contato com essas pessoas”, diz.
Sizebay
Criou solução para e-commerces de moda, capaz de informar o tamanho adequado de cada peça para os clientes. Fundada por Janderson Araujo e Marcelo Motta, a empresa atende clientes como Riachuelo e Nike. No ano passado, levaram a startup para o Web Summit. Do evento, surgiu um investimento e a abertura de um escritório em Coimbra. “O berço da moda é a Europa. Faz todo sentido do mundo vir para cá. Queremos nos apresentar para diferentes tipos de público no continente”, diz Motta.
Loud Voice
Startup focada em serviços de atendimento ao cliente. Leonardo Leão, fundador da companhia, desenvolveu um software que permite empresas criarem “robôs de voz humanizados”. Atende empresas no Brasil, Argentina e Portugal. Segundo o empresário, a feira deve ajudar o negócio em seu processo de internacionalização. “Apenas em um dia aqui, fechamos parceria com uma empresa da Índia, uma da Inglaterra e uma do Brasil.” Além disso, espera fechar uma nova rodada de aportes. “Temos produto, clientes e agora queremos capital para crescer”, diz.
Fonte: Época Negócios