Como identificar oportunidades de transformação digital no meio da pandemia? Uma alternativa sempre pode ser “apelar para o Google”, ou seja, entender o que mais busca o consumidor nesse momento ajuda a desenhar novos modelos de negócios digitais, com chance de prosperar no mundo D.C (Depois da Covid-19) se esses novos hábitos se enraizarem. E se a análise for sobre o interesse do consumidor em empresas disruptivas – as startups – tanto melhor.
A premissa foi usada pela Google for Startups na América Latina, ao analisar durante dois meses (março e abril) o crescimento das buscas feitas no Google sobre mais de 2 mil empresas em uma base de dados da CB Insights, separando um lote de 350 startups que, no período analisado, tiveram saltos de pelo menos 30% nas buscas no período comparado com seis meses anteriores.
O estudo, chamado Startup Landscape in the New Normal, foi apresentado durante o evento Brazil at Silicon Valley, pelo diretor do Google for Startups na América Latina, André Barrence.
- As startups foram divididas em dois grupos: crescimento sustentável (aumento de pelo menos 30% nas buscas) e crescimento exponencial (saltos de mais de 100% no período). As últimas foram classificadas como rocket startups e o ponto de observação aí é que boa parte delas são novas no mercado;
- As buscas foram separadas em três movimentos: Compras essenciais, nova rotina (que pode permanecer depois da pandemia), e necessidades financeiras;
- Nas compras essenciais, delivery impera (crescimento de 72%) portanto não é novidade que deve ser incorporado à estratégia digital de qualquer empresa que queira continuar competitiva junto ao seu consumidor. E marketplaces ganham relevância (Olist cresceu 94%, por exemplo);
- Nesse item, um dado interessante: duas das rocket startups – Empório da Cerveja e Zé Delivery – são originárias de projetos de corporate ventures (Ambev);
- Para a nova rotina, mais insights: o salto da busca por telemedicina, e o aumento no interesse por aprendizado remoto ou desenvolvimento de novas habilidades (destaque para o salto de 322% da mineira Hotmart) e plataformas verticais (salto de mais de 100% da Sanar, plataforma para médicos e estudantes de medicina).
Fonte: The Shift