A Prefeitura de Porto Alegre vai destinar R$ 20 milhões para a criação do Fundo Municipal de Inovação e Tecnologia de Porto Alegre (FIT/POA).
O recurso virá de parte da venda da folha de pagamento. O objetivo de fundo é apoiar projetos para geração de um ambiente propício à aceleração de startups que desenvolvam soluções inovadoras para desafios e problemas da cidade.
“Vamos construir e melhorar, cada vez mais, esse ecossistema para que possamos olhar para o nosso futuro e ter a segurança de que Porto Alegre está mudando a realidade de 1,5 milhão de pessoas”, afirma Nelson Marchezan Júnior, prefeito de Porto Alegre.
Entre as finalidades do projeto estão apoiar o desenvolvimento de startups por meio de investimento direto ou participação em fundos; promover e apoiar hackathons e eventos voltados para solução de problemas urbanos; desenvolver programas para aceleração de startups e fomentar a contratação de startups ou micro e pequenas empresas de base tecnológica para resolução de desafios da cidade.
A aplicação dos recursos conta com regras como destinar até 1% para cada uma das startups selecionadas nos programas de aceleração; até 20% do valor total do projeto contemplado para as startups selecionadas nos programas de aceleração e limitação em até 10 diferentes startups, por exercício financeiro, a receber recursos do FIT/POA de forma simultânea.
O anúncio foi feito na quarta-feira, 4/12, na mesma semana em que foram divulgadas as primeiras entregas do projeto Pacto Alegre, com a visita do consultor espanhol Josep Piquè.
Segundo Marchezan, os fundos foram reorganizados e agora contam com contas próprias. Antes, os recursos iam para o caixa único do Município.
“Os recursos deste fundo terão uma destinação específica. Serão direcionados para financiar inovação de interesse público e retornarão em serviços para melhorar a vida da população”, afirma.
Para Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, diretor da Escola de Engenharia da UFRGS e coordenador do Pacto Alegre, Porto Alegre está em um processo de maturidade.
“A criação do fundo é um avanço importante, é um sinal para os criativos de que eles podem apostar na cidade”, completa.
Piquè, consultor do Pacto Alegre, participou de outras iniciativas de revitalização e inovação municipais como o 22@, em Barcelona, que renovou uma área industrial obsoleta na cidade. Para ele, o tripé talento, tecnologia e financiamento adequados são os itens necessários para mover a máquina do crescimento.
“Porto Alegre tem cursos de empreendedorismo em todas as suas universidades. A tecnologia disponível confere vantagem competitiva, escala de produção e valor aos produtos e serviços, e o financiamento adequado irá fomentar as startups”, afirma.
Com o lançamento do fundo foi anunciado também o Comitê Gestor do FIT/POA, que será composto por sete representantes do Poder Público Municipal, três do setor econômico de Porto Alegre e três das universidades localizadas no município.
As receitas para constituir o fundo poderão vir de transferências de recursos da União, dos Estados ou dos Municípios; convênios e parcerias; recursos de multas; doações; eventos, campanhas ou promoções; Lei Orçamentária; transferência de outros fundos ou de empresas públicas ou inativas; e financiamentos, entre outros.
Fonte: Baguete