Para Jeffrey Rogers, diretor de desenvolvimento de facilitadores e professores da Singularity University, o futuro é muito importante para ficar nas mãos de algumas empresas de tecnologia. O cientista social afirma que a sociedade tem assistido à chegada de novas tecnologias e suas aplicações como espectadora. “Estamos numa posição de surpresa. Imagine se conseguíssemos nos adiantar e antecipar o que vai ser o futuro”, disse em sua apresentação no Singularity Brazil Summit 2019, que acontece nesta terça-feira (11/06) em São Paulo.
Para ele, parte do segredo é uma medida “simples” – e quase gratuita: a mudança de mentalidade. “Como espécie, pensamos de forma linear. Precisamos mudar isso. É mais importante do que nunca ter uma visão ampla.” Um caminho, diz, é questionar que tipo de futuro queremos e podemos criar. Em sua apresentação, mostra uma imagem da Terra e provoca: “temos apenas uma dessa. Será que estamos cuidando bem dela?”
Rogers indica que uma alternativa para se adequar à revolução tecnológica é encontrar propósito no trabalho. “Quem vai pensar em soluções são as pessoas, a tecnologia só ajuda.” Como exemplo, cita a Icon, startup dos Estados Unidos que usa impressão 3D para construir moradias baratas em apenas um dia para a população sem-teto – um drama que aflige cerca de um bilhão de pessoas ao redor do planeta. “Resolver os desafios do Brasil e do mundo são as nossas maiores oportunidades. Criticamente, esse é o caminho para o futuro”, diz.
Rogers fecha sua apresentação com outra provocação: “matar” o futuro oficial e abraçar novas possibilidades. “Abram a mente para tudo que o mundo pode se tornar. Usem as ferramentas tecnológicas para exercer o seu propósito. Eu acredito que o futuro só vai ser melhor, inclusivo e sustentável se começarmos a pensar dessa forma.”
Fonte: Época Negócios