Se tornar um novo unicórnio é o sonho dos fundadores de startups, mas a dura realidade é que, de acordo com o Sebrae, 25% dos novos negócios irão à falência nos primeiros anos de vida.
Para que empreendedores iniciantes possam aprender com as falhas dos outros, a consultora CB Insights analisou 101 startups que fracassaram, em busca de fatores em comum entre elas. Os dados foram organizados em uma lista com os 20 motivos mais abundantes que levaram à falha dessas empresas.
O estudo aponta, também, que raramente existe um motivo exclusivo causador da falência mas, de fato, há padrões observáveis – e um salto enorme entre a segunda e a primeira principal razão.
20 razões para falência da startups
20.Timing errado para pivotar (7%)
Sete por cento das startups analisadas vão à falência porque não foram capazes de pivotar, em tempo hábil, um produto ruim, uma má contratação ou uma má decisão. Insistir em uma ideia ruim pode acabar com as finanças da empresa, além de deixar os funcionários frustrados com a falta de progresso.
19.Burnout (8%)
A maior parte dos empreendedores iniciantes precisam conciliar o novo empreendimento com trabalho formal, família e todas as demais funções do dia a dia. O esgotamento pela alta quantidade de trabalho, pressão e responsabilidades fez com que oito por cento das startups analisadas falhassem.
18.Ignorar o networking (8%)
Surpreendentemente, não foi a falta de contatos com redes de investidores que levaram as startups do estudo à falharem, e sim o fato de não terem utilizado as redes de pessoas que estavam à sua disposição.
17.Problemas jurídicos (8%)
Lidar com questões legais imprevistas, mudanças políticas súbitas ou os altos custos de advogados e royalties foram a causa de “morte” de oito por cento das startups. A CB Insights observou que uma parte das falhas desta categoria envolveram empresas do ramo musical, devido aos custos das gravadoras e direitos autorais.
16.Falta de interesse de investidores (8%)
Quando os investidores não acreditam no potencial do produto de uma startup, ou no mercado ao qual estão se lançando, as chances de falha são maiores, uma vez que a maior parte dos negócios vão levar ao menos dois anos para começarem a monetizar por conta própria.
15.Problemas de localização (9%)
O conceito e a localização das startups precisam estar em conformidade para que seus produtos ou serviços possam escalar. A falha na comunicação com equipes remotas também foram problemas observados em algumas empresas que foram à falência na pesquisa.
14.Falta de paixão (9%)
Muitos fundadores descobrem tarde demais que não basta ter uma boa ideia para que o negócio ganhe tração: ter uma paixão verdadeira e dominar o assunto central do empreendimento é parte essencial do sucesso. Nove por cento dos negócios falharam por falta de interesse de seus fundadores e equipe.
13.Pivotar do jeito errado (10%)
Pior ainda do que errar o timing para pivotar é fazer ele do jeito errado. Alterações no modelo de negócio que ocorreram sem uma análise profunda dos riscos levaram dez por cento dos negócios observados ao fracasso.
12.Desarmonia entre funcionários ou investidores (13%)
A discórdia entre funcionários é um perigo presente em todos os modelos de negócios. As startups, porém, possuem um agravante no que se refere à desarmonia entre fundadores e investidores. Todas as peças precisam estar em sintonia para que os projetos fluam de modo correto.
11.Perder o foco (13%)
Focar demais em projetos paralelos ou em problemas pessoais foram mencionados em treze por cento das histórias de empresas que foram à falência.
10.Lançamento na hora errada (13%)
Lançar um produto cedo demais pode fazer com que os usuários tenham uma primeira impressão negativa sobre a empresa. Por outro lado, lançar o produto tarde demais poderá fazer com que uma janela de oportunidade do mercado seja perdida.
9.Ignorar opinião de consumidores (14%)
Não dar ouvidos aos feedbacks dos clientes é uma falha grave que levou a quatorze por cento das empresas de inicialização saírem de jogo.
8.Marketing fraco (14%)
O marketing é uma das etapas mais importantes para qualquer negócio. Quatorze por cento das startups analisadas caíram no erro de ignorar este processo ou de não dominar estratégias de captação e conversão de leads, chegando à falência.
7.Produto sem modelo de negócio (17%)
A falta de um bom modelo de negócio leva investidores a ficarem inseguros na hora de investir em startups, que podem se tornar incapazes de capitalizar qualquer tração obtida.
6.Produto não-funcional (17%)
Muitas vezes a ideia parece excelente no papel, mas na hora de chegar às vias de fato, se mostram totalmente não-funcionais. Fazer rotinas de testes e ouvir o feedback de mentores, investidores e clientes em potencial é vital para que o negócio vá para frente.
5.Problemas com precificação (18%)
Precificar produtos ou negócios pode ser muito complexo. Não é fácil entender a linha tênue entre o produto estar alto demais para os clientes, ou baixo demais para cobrir os custos. Dezessete por cento dos negócios fecharam as portas por erros na precificação.
4.Não ser competitivo (19%)
Não prestar atenção na concorrência e não acompanhar e se inspirar nos passos corretos dados por elas foi a quarta razão mais aparente em startups que não deram certo nos negócios.
3.Equipe errada (23%)
A dificuldade em encontrar profissionais experientes, reter talentos ou montar uma equipe diversificada, com talentos balanceados, foi o terceiro grande causador de falhas nas startups.
2.Falta de dinheiro (29%)
Ficar sem dinheiro é o segundo problema mais frequente nas startups que fecham as portas, e seus motivos são diversificados, como falta de planejamento, falta de investidores, pivôs errados, falha nos ajustes de mercado, entre outros.
1.Falta de necessidade de mercado (42%)
De longe, o principal erro das startups ocorreu por seus produtos ou serviços não resolverem nenhum problema real do mercado. Dinheiro, boas ideias e ótima tecnologia não fazem qualquer modelo de negócio ser escalável, quando não há real necessidade para que ele exista.
Fonte: Whow