Entender as demandas do seu público e buscar, incansavelmente, soluções para esses problemas é uma das chaves para o sucesso de uma companhia. Essa é a mensagem que ficou do painel de discussão realizado entre os líderes de três das startups mais valiosas da América Latina – Gympass, Quinto Andar e Rappi — durante o Universo Totvs, evento realizado nesta quarta-feira (26/06), em São Paulo.
“Em 2012, quando a Gympass surgiu, trabalhávamos como B2C, voltados para pessoas físicas. Era um modelo de negócio complicado, com custo de aquisição alto e relação difícil com as academias”, diz Leandro Caldeira, CEO no Brasil da empresa. ‘Um dia, uma empresa ligou falando que queria contratar o serviço para todos seus funcionários. A partir disso, ficamos com as antenas ligadas para entender se essa também era uma demanda de outras companhias. Fomos entendendo o mercado e migrando para um modelo de negócio B2B”.
Para Fernando Vilela, diretor de crescimento da Rappi, as startups precisam estar abertas para ouvir as demandas dos clientes, analisando os dados gerados pelos seus usuários para identificar possíveis novas soluções.
“No nosso aplicativo, temos a aba ‘Qualquer Coisa’, que é o nosso grande ouvido para escutar e entender as necessidades dos clientes. A partir disso, percebemos, por exemplo, que muitos usuários estavam pedindo delivery de produtos de petshop e até dinheiro vivo, hoje duas verticais consolidadas do nosso serviço”.
Operar a partir de um modelo de negócio que preze pela inovação constante e procure atender as demandas dos clientes exige que a companhia incentive seus funcionários a sair do local comum, afirma Gabriel Braga, cofundador e CEO do Quinto Andar.
“Gostamos de definir metas muito altas, que não serão alcançadas se os profissionais não pensarem fora da caixa. Mas, ao mesmo tempo, não temos um ‘chicote’ que vai cobrar esse cumprimento, penalizando o time com perda de bônus, por exemplo”, afirma. “Isso incentivaria as pessoas a procurarem por metas mais fáceis. Nossa ideia é sempre mirar no 10 e chegar o mais perto possível disso”.
Fonte: Época Negócios