O investimentos de fundos de venture capital em startups na América Latina deram um salto no primeiro semestre de 2018. Segundo estudo da Associação Latino-Americana de Private Equity & Venture Capital (Lavca), 145 negócios receberam US$ 780 milhões entre janeiro e junho. No mesmo período de 2017, 92 operações somaram US$ 477 milhões.
Todos os países da região viram os investimentos avançarem no período, mas Brasil e México continuaram atraindo mais atenção.
Em número de transações, o Brasil ampliou sua participação, passando a responder por 60% dos negócios, contra metade há um ano. Apesar disso, o país viu o valor médio dos aportes cair e, por isso, passou a representar menos no montante total investido: 70% (US$ 546 milhões), contra 76% (US$ 362 milhões) um ano atrás.
Os números do Brasil incluem o aporte de US$ 111 milhões da japonesa Softbank na empresa de entregas Loggi. O negócio, anunciado em setembro, foi fechado ainda no primeiro semestre.
Os seis primeiros meses do ano também foram simbólicos para o Brasil pelo “nascimento” de três unicórnios — como são chamadas as empresa que alcançam valor de mercado acima de US$ 1 bilhão: 99, PagSeguro e Nubank.
No México, o valor investido mais que dobrou, para US$ 75 milhões, e o número de transações passou de 19 para 23.
As fintechs foram as queridinhas dos investidores na América Latina no período, captando US$ 337 milhões em 35 negócios. Depois vêm os “marketplaces” (shoppings virtuais) e as empresas de tecnologia para o campo.
Fonte: Valor Econômico